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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Cum Grano Salis




Graça da Praia das Flechas

 


Entre montes e montanhas existe um casulo

Que se abre ao anoitecer, esperando o vento amante

Chegar com seus uivos infinitos

Para nele penetrar, desmanchando-o em gemidos de Paixão

(Graça da Praia das Flechas)


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Ah, se chegue, meu amante doidamente enfurecido

Com seus segredos que perfuram meu corpo quente

Como se fora aquele Homem desconhecido

Que despejou em mim loucas juras de Amor ... eternamente


Em minha pele, ainda sinto seu arrepio cortante

Que como navalha marca minhas costas nuas

Com este sussurro sensual que me incendeia

Aquecendo minhas noites solitárias pelas ruas


Se achegue de novo, meu louco amante

Que com seus quentes delírios

 Deixava-me acordada, na madrugada que morria

Envolvida em seu prazer embriagante

Acalentada pela fria sedução de minha Lua


Clamo pela memória de seu tesão vagabundo

No cio das horas de fortes emoções

 Muitas vezes virava moribunda

Quando insano você vagueava

Por antigas trilhas, em outras direções 


Minha saudade machucada chora

Sentindo falta de nossa dolorida paixão

Sinto-me fria, inválida, morta

Anônima vago saudosa, em minha imaginação

 
 
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NITERÓI-RJ

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