Graça da Praia das Flechas
Sou fera de terra sagrada
Possuo densa floresta no ventre
Com minhas coxas te laço
Quando entre uivos e soluços
Com sua arma me rende.
Venha com a lança em riste
Mira meu ponto nervoso do amor
Satisfaça seu interminável apetite
Fico bravia, esperneio
Mas não tenho medo da dor.
Embriague-se com o sangue de minha ferida
Eu morro rugindo pra lua
Alimente-se de minha carne viva
Sou apetitosa e doce, se devorada crua.
Na neblina da noite que desce
Disfarçada pra nos espiar
Sou fêmea faminta fazendo uma prece
De quatro espero, pro meu macho saciar.
Meu sumo brota em fios, escorregadio, safado
Por entre meu rego apertado e macio
Minhas pregas são tenras, num remanso suado
Aguardando o derrame em jatos
Do enorme volume de seu caudaloso rio
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NITERÓI-RJ
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