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segunda-feira, 15 de abril de 2013

DEVASSIDÃO DOS SENTIDOS



Graça da Praia das Flechas
(Maria da Graça C. Monteiro) 


Sinto medo, quando estou assim
Deste jeito frio
Coração desprovido de sensações
Como água parada
Estagnada
Sem ter por onde fugir...
Com o vazio no horizonte
Não sinto o Céu
Não vejo os montes...
A Lua doirada sumiu
Meus olhos estão opacos
Sem ter por quem sofrer
Por quem chorar
Por quem amar...
Estou rodeada
Pela insensibilidade de meus sentimentos....
Vulcão extinto
Doces lavas secas
O magma endurecido
Tudo diluiu-se
Simplesmente ... esvaiu-se....
Nem rancor
Nem dor
Nem saudades...
A cabeça é como se não fosse minha
Recusa-se a pensar
Unicamente isto...
É a inexistência do que nunca houve
De uma lembrança do que jamais será
Delírios que nunca foram vividos
É o não - ser
É a escuridão
É o Nada que pego
Da Devassiddão dos meus Sentidos
Com minhas próprias mãos...
 
 
 
 
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