Páginas

segunda-feira, 8 de julho de 2013




NO REMANSO DE MINHA MANSA
Graça da Praia das Flechas



Paixão que acerta
Na reta
Com a seta
É certa.
Amor obscuro
É inseguro
Se está no escuro
Puro.
Alimenta ilusão
De quem está sem refrão.
Então
Vem para meu anteparo
Te aparo
Paro
Para parir
Imenso tesão
Que tenho por ti.
Dor?
Desamor?
Não sinto rancor.
Tenho paixão
Fenomenal
Sem ter igual.
No cio vicio
Cruzando o rio
Navegando
Acasalando
Te esvazio
Completamente
Demente.
Vou na quebrada
Da onda gingada
Lançada ao vento
O lanho enfrento.
De frente
Vou rente
Açoito teu corpo
Manhoso
Prá lá de tinhoso
Mas todo dengoso
Gostoso!
No remanso
De minha mansa
Que te chama baixinho
Te recolhes pra descanso
Queres somente o carinho
Deste meu ardente ninho.
Este teu duro
Metido no escuro
Da bichinha molhada
Toda encharcada
Pelo teu derramar.
Esvazie teu gozo
Abundante
Com generosidade
Na minha poderosa
Que te suga sem paz te dar.
Teu rubro não pára de nela fincar
Cravar
Encaçapar.
Toda vestida de rosa
Formosa
Pétalas abrindo
De cor carmim
Em movimentos ondeantes
Extraindo teu leite
Secando-te
Todinho até o fim.



Direitos Autorais Reservados ®
*** Campanha pelos Direitos Autorais
na Internet *** NITERÓI-RJ

Nenhum comentário: